quarta-feira, 26 de maio de 2010

A sirene


Adornos serão perfeitos:
Laços refeitos no universo musical,
Tecendo a espiral da arte popular.
Cria-se o novo.
Profunda é a dor de quem pariu este sonho
Concebido e amarrado em três nós:
Música, poesia e arte visual.

Conforma-se em plenitude divina
Este sereno pássaro brasileiro
Com penas verdes e asas de metal.
Voa, que o ouro que carregas
Já escuta a sirene universal descabida,
Descaradamente linda e próxima da perfeição.

A rua não é mais sem os versos ancestrais
À Deusa, dona;
Seu arqueiro negro insinua-se rei e pai.
Glória ao pássaro em que cavalga o arqueiro negro!
Boas-vindas!
O teu recato de rei avesso te salvou!

Agora o vento que tome conta.
Que os carregue, pois o guia é nosso Deus!
O manto é sacro e enfeita anjos discípulos,
Desprovidos de maldade,
Que bendizem a obra e a multiplicam.

Agora que se cumpra o prometido!
Agora que se cimente a boa obra!
Que sejam cuspidos velhos modelos!
Que se renove sim e que seja logo!

Marias de calça!
Josés de saia!
Ninguém está no mundo sem compromisso.

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