sábado, 3 de abril de 2010

Poço de rimas


Seio andrógino de deus.
O homem sonha a filha.
Será madrinha do bom sucesso,
Fará novas misturas de nomes.
Os domingos, os horizontes nas praças,
As selvagens esperanças.
Cada óvulo lançado, de moça,
É um ponto alto,
Uma poesia de mênstruo delgado
E poço de rimas.
A paz dos pomos, o vasto livro.
Rapaz, completa a boa obra
Com teu cérebro de carpinteiro,
Teu raio do sol.
Rapaz, come a virgem pura e com
Seu sangue benze-te de doce.
Arruma teu cabelo abençoado de moço,
Teu sexo vistoso e salgado,
Tuas pretensões impuras.
O denso orgasmo requer
Domar teu brotar ansioso,
Tua pobre curra.

Rota o moço candidato a noivo.
Manto recobre seu rosto.
Ar de virgindade, molhados sonhos.
Este moço será verdade,
Fruto de uma voz percebida
Grandemente
E aos poucos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A conta coletora coletiva