Esvazio sons,
Ecos de Deus.
Semeio circulares
Sementes.
Onde passo
Fósseis de plantas
Virgens se refazem
Em um só húmus.
Plantas alimentam
Seres poéticos.
Poema: Sílvia Goulart
Foto: Marcus Minuzzi
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Quem sou eu
- A Negra Ama Jesus
- Coletivo de arte idealizado por Sílvia Goulart e Marcus Minuzzi. O amor de um pomo instintivo nos ativa a ritualidade dionisíaca. Produzimos de coleções de poemas e pinturas arquetípicas a performances que causam indignação e esperança. GOIÂNIA/GO
A REVOLUÇÃO EM LÍNGUA MATERNA
Somos seres como estrelas e lidamos com letras.
Com ares de Dona Deusa, cortei a ferro e a sal.
A noiva é o calço ameríndio e africano.
Boneca de pano é leitura em língua ovariana.
Bordamos, espetamos, despertamos a dor. Para, depois, a curar.
O negro é homérico. O credo é a ginga.
Mulheres santas. Todas marias. Seduzem os Reis do universo.
O beijo de moça governará o povo
Adornos serão perfeitos: laços refeitos tecendo a espiral da arte popular.
PARA SEQUESTRAR A DEUSA, RODAR.
O brasil aninha o alfabeto artístico das rodas de meninas
Saia rodada acorda o santo cirandeiro.
O anjo cresce onde a lata bate.
Conforma-se em plenitude divina este sereno pássaro brasileiro com penas verdes e asas de metal.
Oi
ResponderExcluirbelíssimo poema e imagem.Há uma sensualidade no tempo e somente ele planta;há uma sexualidade que se abre a cada nova idade, como na semente seesconde a brotação.
beijo grande
adriana bandeira