terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A moça ritualiza o mito

A Negra Ama Jesus começa aqui o seu blog. Ritos em forma de poesia e cor. A Negra Mãe enaltece o mito. O trovadorismo homérico alimenta o novo.

No último ano, dois fatos ritualizaram o mito d'A Negra: o desfile de lançamento da nossa grife, durante a VI Semana da Comunicação da Faculdade Araguaia



a a exposição "O Livro Lírico e Lógico da Deusa - poemas pintados d'A Negra Ama Jesus", no hall da Biblioteca Central da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.




Limpar o negro brasileiro do mal que lhe é atribuído é uma das funções deste novo mito. O blog d'A Negra ritualiza no ciberespaço o molhado desejo de conquistar o novo. O mito ressurge com força, em tempos de diversidades que se visitam sem a necessidade de compartilhar territórios.



O amor incendeia a roupa

A Grife d'A Negra foi lançada no dia 18 de novembro de 2009, em um desfile durante a VI Semana da Educação da Faculdade Araguaia, com produção dos alunos do 2º período de Jornalismo.

Desfilaram com as camisetas d'A Negra várias alunas da turma, as professoras Sandra Paro e Roberto Barros, além da filha mais velha de Marcus e Sílvia, Adélia Rosa Goulart Minuzzi. O desfile fez referência ao Dia da Consciência Negra, comemorado naquela semana.

A feminilidade amplia o mito. Na moda, o novo respira.
















MAIS:
http://www.faculdadearaguaia.com.br/mc/site/index.php?f=4&ID=222&chave=&start=0




O peito da negra índia

De 5 de agosto a 3 de setembro de 2009, a A Negra Ama Jesus promoveu a exposição "O Livro Lírico e Lógico da Deusa - poemas pintados d'A Negra Ama Jesus", no hall da Biblioteca Central da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).

O processo de recriação do mito do amor entre o masculino e o feminino foi o tema da mostra.

Estiveram em exposição “peças sonoras” (poemas pintados em cabaças, papelões e ossos) que, conforme a intenção do coletivo de arte A Negra Ama Jesus, refletem o inconsciente mítico brasileiro.

A exposição fez parte do projeto “Galeria à vista”, uma das ações do Programa Interdisciplinar de Leitura, promovido pelo Sistema de Bibliotecas da PUC Goiás.


















Na última semana da exposição, A Negra interagiu com o público, distribuindo poemas pintados em plaquetas de papelão.

















MAIS:
http://www2.ucg.br/flash/Flash2009/Agosto09/090811expobc.html
http://www2.ucg.br/flash/Flash2009/Agosto09/090807goulart.html




O texto de apresentação da exposição "O Livro Lírico e Lógico da Deusa - poemas pintados d'A Negra Ama Jesus":



O livro lírico antecede o lógico. O camoniano sertão artisticamente antecede o mito. A redenção do humano artisticamente ama o novo. O novo alimento rege-se por Dionísio.

A principal meta do dionisíaco é recriar o mito e, por consequência, o humano.



A exposição O Livro Lírico e Lógico da Deusa – Poemas pintados d'A Negra Ama Jesus atende aos mais profundos anseios humanos de seus dois idealizadoras, Sílvia Goulart e Marcus Minuzzi. Casados há 14 anos, provenientes do Rio Grande do Sul e atualmente residindo em Goiânia, Sílvia e Marcus alimentam o cotidiano com poesia. A recriação da vida eleva o ser mulher e homem.

O mito do amor precisa ser recriado. O castelo que dificulta o acesso ao amor guardado no coração do parceiro representa o medo de amar. Os poemas d'A Negra Ama Jesus repercutem o anseio original da felicidade nupcial. O amor revela o lento amor divino: o léxico do abismo que repercute a memória do mundo. A contemporaneidade fomenta o amor físico, através da pouca atenção à beleza simbólica, ou seja, mítica.

Camões bordejava suas musas. A poesia é uma difícil conquista. A arte pede dor e resignação. O medo de amar começa com o medo de entregar-se. O artista sonha o mito de novas núpcias: uma espacialidade mitológica que ritualiza o drama da impossibilidade da solidão. O artista renuncia ao medo quando se entrega a tais ritualidades. O amor arde, então, na mesma intensidade de signos arquetípicos.



O titânico nunca anseia por elevar o mundo. Sua meta é destrui-lo. O homérico, por sua vez, resgata o amor através do encanto. A sexualidade sonhada ressignifica o tempo vivido: a gestação de um novo mundo.




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