quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A sereia


Espero a correnteza
Das águas
Para purificar meu ser.
Batismo cristalino
De ondas e sal,
Entre mariscos
Alaranjados.
Ah! Como preciso
Salgar meu corpo
Para encontrar
Minha alma.
Sou uma alga
Aninhada no plâncton
Entre pedras e corais.
Sou um pedacinho
De miniaturas e
Delicadezas ofertadas
À santa das águas,
O olho no fundo do
Mar.
A mãe benta
Quero ser.
Pingo de chuva.
Água doce e salgada.
Barco que se perde.
Ave marítima,
Esguia.
Supremo vegetal
Quero ser.


Sílvia Goulart

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