domingo, 31 de outubro de 2010

A mulher


O par de brincos que Tininha usava quando a conheci eram Juliana e Alice. O meu livro começava a ser escrito. Passaram-se 15 anos: a menina do meu bom segredo. Menino, Erê dentro de mim sonhou com o par perfeito. Donde o meu coração de índio ficava caladinho perante a roda do mundo. O artista fornece o brinquedo: roda do mundo é cachaça. Tenho medo de paraíso que não seja perdido.

O tempo vivido nu cria um coração brasileiro. O rei menino aproxima seu gosto por o ouro a milhões de quilômetros do gosto por sexo novo.

Foi por causa de Tininha que tive ternura no pedaço de meu corpo mais feroz e demoníaco.


Marcus Minuzzi

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