terça-feira, 13 de novembro de 2012

A Seara


Trago comigo a
Lembrança de
Quando pintava
A nua fonte.
No último galho
Da copa da árvore
Frondosa
Era como se o
Vento guiasse
Meus dedos sujos
De tinta.
O olhar fixava
Um ponto.
O Grande ordenava
Os trabalhadores da
Vinha.
O sol, a chuva, tudo
Era graça.
Tudo era colheita,
Tudo era Obra.
E eu, pintando
Serenamente.
O compromisso com a
Seara que me carregava,
O balanço soturno.




O nariz pro céu,
E a cabeça nova,
Em pura onda magnética.
Éramos soldados.
Somos a esfera
Planetária.
Estamos de volta.
Vamos começar
A semeia.

Poema e pinturas: Sílvia Goulart
Fotos: Marcus Minuzzi

2 comentários:

  1. Pois que
    só vivendo
    reconhece-se
    a Obra
    e o Obreiro
    e parte-se a obrar também

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