domingo, 13 de novembro de 2011

Serafina




Restam apenas
Sonho e voz.
O agudo
Que me fere
Acaba.
A dor estica
A alma e lança
Ao canto da ópera.
Serafina
Seria eu,
A moça da voz
Alucinógena,
Matadora
E cruel.
Lançaria gritos
Ao vento,
Até provocar
Revoluções de sedução
E encantamentos.
A história prescrita
Me chama.
Serafina canta
Para que eu possa
Adormecer serena.


Poema e pintura: Sílvia Goulart
Foto: Marcus Minuzzi

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