terça-feira, 1 de novembro de 2011

Corpo de dama



Repousando meu corpo
Sobre o bordado de
Rendas,
Esperando banhar-me
Com mel aquecida
Em águas de melissa:
Como uma pena,
Flutuo.
Minhas roupas brancas
E perfumadas
Não denunciam
Minha trágica novela.
Com a pureza
Me encontro
Bela.
Afino meu canto.
Alivio as feridas
Num só delírio.
Corpo de dama,
Cansado,
Porém vistosa.

Poema e pintura: Sílvia Goulart
Foto: Marcus Minuzzi

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