segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ao pai

O pai planta a forma
Do amado príncipe.
Ao pai cabe a espada
Do comando quase cruel,
Porque o pai amado
Fere
Com seu decisivo e
Supremo cajado.
O pai assim o faz
Com seus abençoados
Pés.
Seus serenos dedos
Esculpem o novo modelo
De amor.
Ao pai rendem-se todos os
Dias esperançosos de pão,
Vindouras alegrias do futuro
Traçado com seu bento suor.
Para o pai, a esperança do
Equilibrista.
A mão benta de uma mãe
Preta e terna.


Sílvia Goulart

Um comentário:

  1. Falar de Pai já é supremo. Quando a poesia é que se pronuncia, isto torna-se ainda sutil e belo.

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