terça-feira, 24 de agosto de 2010

Divinópolis


Conheci uma dama,
Mulher de primeira linhagem,
Mãe de cinco.
Também sou.
Lido com farofinha gostosa,
Arroz e feijão bem feitinhos.
Cozinho meu amor em pratos
Bem feitos, amo o trivial.
Mestra em nome divino - Adélia -,
Minha filha nomeou.
Antiga conta de rosário,
Como o amor de Maria,
Seu poema me capturou.
A ela rendo homenagens,
Beijo-lhe as mãos e os pés.
Oro por seus versos.
Pinto com dedos leves
Suas palavras.
As mulheres damas honradas
São todas filhas de Adélia,
Matrona de todo ofício,
Mulher.
Glória, glória, Adélia Prado.
És uma rainha encantada.
Não a conheço de perto,
Mas sinto sua alma enfeitada
De flores brancas.
Pés bem lisos,
Olfato e puro sentido.
A bênção, Adélia.
A bênção.


Sílvia Goulart

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