sexta-feira, 23 de julho de 2010

O retinir dos pássaros




Amado, menino, homem.
Menino-de-deus, tocável como fruto.
Mênstruo maior eu tenho, guirlandas.
Moro no retinir dos pássaros,
Beijo-fátuo.
Belisco o olhar.

Brasas moram no meu leito rumoroso.
Homem, homero: ardo.
Ó louro e mágico.
Lado menos místico e circular,
Deus moderno,
Adornai-me de humano,
De quentes e doces desejos,
Dominativos mas educados,
Menos candentes,
Mais filosóficos.
Põe teu persecutório verbo
No minúsculo do bico de meu peito.
Perdê-lo é desprender-se,
Recuperá-lo,
Teu homonizar-se.


Marcus Minuzzi

Um comentário:

  1. A imagem serve de dicionário ao texto com palavriado 'difícil', assim como o escrito decodifica o fotografia.
    As letras que correm na água verde até o corpo da mulher traduzem muito. Um dionisíaco educado... talvez moderno.

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