quarta-feira, 10 de março de 2010

O lírico batismo ovariano



Soltas um medo, origem veloz.
Arrastas certezas,
Oitocentas negras plúmbeas,
Atitude altiva.
Meu pomo nupcial vende-se
Por teu bico de peito.
Ó laço e beijo.
Ó mucosa vista como preta saia.
A pluma acorda com ruídos de lata na cabeça.
O cordão angélico cresce,
A soldadesca feroz não tem braços fortes,
Mas centos de pequenos homens alimentando-se.





Ó laço da moça luxuriosa.
Carne de bandido.
Cedros no lugar de tornozelos.
Teu húmus dá vontade,
Teus peitos, como uma cobra,
Gostam de comer ovos no ninho.
Sou arquiteto de um sambódromo luso-brasileiro.
E doces de rito, homenagem e espanto,
Ordenharemos as lágrimas que anunciam
O lírico batismo ovariano:
Seremos o louvor ao pé de carne e glosa
De o nosso povo.

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