segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pequenina e bela flor do sertão


Quando pinto,
Bordo a flor
Amarela.
Meu sertão
Com belas fontes
E coberto por árvores
De copa grande,
Onde se alcança o céu.
Há um amor
Sertanejo a
Me rodar as saias,
A agitar meus longos braços.
Me carrega de flor em flor.
Ó cálice sanguíneo
E puro,
Ó sonoro passarinho
A cantar com seu bico
De barro.
O jatobá me acolheu à sombra
Na hora mágica em que
Me perfura a
Alma.
Antigo sertanejo
Me carrega
Em seu laço.
Os beijos tem
O gosto de
Uma manhã
Chuvosa de verão.
Me banha em seu sol.
Sou pequenina e bela
Flor do sertão.


Poema: Sílvia Goulart

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