segunda-feira, 16 de julho de 2012

A nova literatura do país



A arte carrega o charme masculino para o novo tempo do sexo brando e ardentemente feminino, reforçando o laço com a literatura de um novo país.

Texto e foto: Marcus Minuzzi
Pintura em camiseta: Sílvia Goulart

domingo, 15 de julho de 2012

Moderno mito remanescente



Menino meu, mar, montanha.
Moderno mito remanescente,
Morto em sua beatitude, revés,
Oriente próximo,
Possível,
Que recebeu do mar salgado
As destrezas,
A menor indolência, as cicatrizes.

Olho o mérito de teus livros.
Misturo-me a eles feito cobra.
Orgasmos cívicos.
Esta nação se faz de beijos
E de um glosar-se rumoroso,
Homérico.
Nosso mantra é amar-se
Em mitos não importa
Se originais ou redivivos.
A alegria fugaz dos livros
Reabastecemos com música.
A rádio-canção nos entoa,
Nos apruma.
Há foguetórios,
E o pandeiro redoura,
Menos lógico,
As certezas.
Pandeirito, como brilhas
Nas mãos de meninos.
Nenhum deles perturbará
Bons ventos,
Beiras de pias.
Menos ainda temerá navegar
Mulher adentro,
Sem mãos de esquecimento,
Mas com
Pedais de filosofia.


Poema e foto: Marcus Minuzzi
Pintura: Sílvia Goulart

sábado, 14 de julho de 2012

A pirâmide



A quem declaro-me soberana?
Estou entre céus e terra,
Ampliando o horizonte feminino.
Aquilo que está oculto
Ensina o enigma da mulher.
É preciso ser soberana
E sábia pastora.
Estou entre damas, espadas
E punhais.
Alcanço o ponto mais alto
Da nobre pirâmide.
Digam amém.


(Em homenagem ao aniversário de 58 anos da morte de Frida Kahlo, ocorrida em 13 de julho de 1954)


Poema e pintura: Sílvia Goulart
Foto: Marcus Minuzzi

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