terça-feira, 28 de setembro de 2010

A boa hora



Que belo sol
Se abriu sobre
A copa verde
Deste menino rei.
Tenros fios
Jogados neste céu
De estrelas e
Bichinhos mágicos.
A sorridente vida
Que brota nas
Minas Gerais.


O maior ritual de vestir o bebê Raul, filho de Michelle e Rodrigo, se completa.

Em março, o "body" pintado e poeticamente assinado pel'A Negra Ama Jesus foi enviado de Goiânia para Belo Horizonte.

Agora, que o pequeno Raul já quase completa dois meses, a foto enviada por Michelle orna o nosso blog.

Temos a bênção de tornar o nascimento de uma criança um bem ornado ritual de aleitar o modelo fundamental do olímpico verso da deusa.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A forte água mítica




1.
Menina além da dor,
Costura cigana.
O peito ornado por intocáveis ouros.
A mãe grega do americano Tejo.

Alimentas meu negro
Com dor artística.
Sou a alma musical do Brasil.

O negro avanço sobre teu leito,
A arte indígena.

O amor torna-se o bebê
Adornado de manto estelar.


Marcus Minuzzi




2.
Como em sóis,
És meu manto,
Meu delírio.
Sem fronteiras.
Sem rumo.
Ando a te buscar
Como a um gigante -
Másculo.
Olhos no cérebro,
Sois meu rei
Letrado.
Resumido
Em musical
Tragédia infinita
De samba
Sulino
E brasileiro.


Sílvia Goulart


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A bênção para Cristo Dionísio



1.
Oro por teus dias
Com desespero de loba.
Em tua cruz fixei meus bordados.
Andaluz,
Matéria escrita.
Novos ares
Em meu sertão.
Amor ao divino
E esculpido
Anjo.
És meu princípio
Masculino.
Onda de poesia,
Negro brasileiro.
Profeta sonhando
A floresta.

Sílvia Goulart


2.
O crescimento artístico
De um Brasil poderoso.
A vocação do monte pontiagudo,
Onde se amam os bentos frutos.
O ouro erguido entre monturos.
A aliança ornada de povos
Lembra o peneirar do Olimpo.
O negro adocica o lamento
E alimenta o menino.
A frondosa árvore a fonte
É do espírito.

Marcus Minuzzi


terça-feira, 14 de setembro de 2010

A oração que copula



1.
Cetro de saberes és.
O emblema comunicando
A graça do novo rei altivo
E portentoso,
De alma bem graciosa
E úmidos beijos ao amanhecer.
Serenai vossas vertentes filosóficas.
Multiplicai o desejo de vosso amor.
Estamos no ponto
Mais alto do
Alpendre de uvas
Rosadas e cheias
De sumo.
O gosto perecível
Apascentando a
Dor.
A consciência,
A palavra encantada
De todo o pensador.
Estamos à beira
Do riacho.
O sol guarda-nos.
Límpidas correntezas
Nos carregam.
Somos par.


Sílvia Goulart






2.
O ar imperial
Que todos queremos,
A dona da força
De ritos homéricos,
Da fundação de países.
O rei vassaldo aos teus pés.
A fonte nobre do país
São teus peitos.

A cor de tuas fantasias
Mais puras
A pureza mor mítica fortalece.
A fina literatura olímpica -
Se jarros a servem
Em forma de graciosa
Oração que copula.

Põe tua vulva onde
Toda minha firmeza de santo
Jorra conexões entre
Paz e revoluções.
Sou teu amado
Cristo Dionísio.
O formoso e esperado
Negro a quem tua marítima
Poesia se tece,
Como um véu de noiva.
A mãe geral do livro
Dorme onde a vigília
Panteísta é o sono.

Fantasia abre-se
Por toda a palavra
Orada pela ardorosa
Bruma.


Marcus Minuzzi


domingo, 12 de setembro de 2010

A oração fonte e mãe


Os beijos da alma,
Sentidos pela força
Química em minhas
Terminações nervosas.
Ar quando respiro,
Carícias quando preciso.
Choro para aumentar a dor.
Onde foi que lavei meu pescoço?
Andei parindo filhos,
Ardendo em calvários,
Fêmea demais,
Carreguei minha cruz.
Ainda procuro o ser
Profundo que me gera,
Que gera em mim
Absolutas marcas
De ter sido alvo
Da ama de ferro.
Rasguei todos os vestidos
Floreados.
Deixei em algum canto
Luvas de seda,
Sapatos de veludo.
Era menina,
Cozinharam meu
Cérebro,
Me espinharam o rosto.
Com o pó meu alicerce
Criou raízes profundas.
Não serei mais atingida
Pela reta e luminosa
Espada.
Estou rainha.
Estou bela.
Estou coroada.
Estou com asas.
Alada.
Pássara.
Passarinha sou.
Minhas penas,
Meu bico,
Meu voo.
Infinita sou.
Posso cantar,
Ser consistente e
Forte na esfera
Deste planeta.
Rompi a força do
Universo.
Estou
A
Esperar
A reza.
O envio
Maternal
Da
Santa.
A luz
De Nossa
Senhora.


Sílvia Goulart


A conta coletora coletiva